quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Discurso sobre o Prodetur - Região Serrana


"Eu queria fazer uso da tribuna para relatar a reunião que tivemos nesta terça-feira, dia 6 de outubro, em Nova Friburgo, com hoteleiros da região, por convite da ABIH - Associação Brasileira de Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro, para tratar um pouquinho do turismo naquela região; tratar sobre as verbas do Prodetur, recurso de empréstimo autorizado por esta Assembleia Legislativa, e os seus desdobramentos naquela região; tratar sobre os grandes eventos que se avizinham, não só os Jogos Olímpicos, não só a Copa do Mundo, mas os Jogos Militares e a repercussão que eles oferecem para o Estado do Rio de Janeiro em geral.

Ficou patente e claro que nós precisamos, de todas as maneiras, fazer ver ao Poder Executivo quão fundamental é ter uma secretaria de turismo voltada especificamente para o turismo e tendo, embaixo de si, como instrumento, como ferramenta, a TurisRio.

Em relação ao Prodetur, para aquela região, especificamente para Nova Friburgo, temos planejado o Centro de Turismo e Artesanato de Muri; um pórtico turístico em Teodoro de Oliveira; a reurbanização da Praça Getúlio Vargas, no centro da cidade de Friburgo, também a Praça do Suspiro; urbanização complementar das vilas de Lumiar e São Pedro da Serra e, também, a construção de um centro de convenção.

A Secretaria de Obras usou os 100% da verba do Prodetur, quando, na verdade, o projeto original destinava exatamente 40% para obra física e 60% para todo tipo de investimento: divulgação, qualificação, treinamento das pessoas envolvidas no turismo. Mas não é assim que está acontecendo. A TurisRio esteve presente, com o competente Diretor de Operações Sérgio Melo, que tratou de um cadastro para o Ministério do Turismo, mas é preciso que se corrija essa distorção grave, que é uma distorção que traz o turismo a reboque da Secretaria de Obras. Na verdade, está havendo o descumprimento das condições desse contrato de empréstimo, quando 60% do valor, ou seja, 187 milhões de dólares - 60% - deveriam ser utilizados ou programados para tal, para a divulgação, qualificação e treinamento, tão importantes para o desenvolvimento do turismo.

Eu aqui nominei, só em Friburgo, aqueles elementos. Ficou patente para todos aqueles donos de hotéis, trazidos pela ABIH local, todos os diretores, dirigentes do turismo de Nova Friburgo, de Teresópolis também, e de outras cidades que lá se fizeram representar, que não houve, por incrível que pareça, qualquer tipo de consulta às autoridades locais, ao trading turístico local, de quais seriam as prioridades de investimento.

Será que esse centro de convenções vai ser mais um elefante branco, como é hoje o Centro de Convenções da Cidade de Macaé, que está subutilizado. Será que o pórtico para a cidade é uma questão relevante? Será que essas reformas de praça seriam prioridade, se fossem levadas à consulta de quem trata o turismo de Friburgo, de Teresópolis e da circunvizinhança?

Como Presidente da Comissão de Turismo, não poderia deixar de vir a esta tribuna para falar sobre isso, para falar que nós precisamos acompanhar a execução desse louvável contrato do Prodetur, com o aval do Ministério do Turismo. Louvável. Estou aqui para elogiar. Pela primeira vez, o Governo do Estado, que conseguiu um aporte significativo de recursos especificamente para o turismo. Mas é preciso que se entenda que as prioridades têm que ser reavaliadas, que as prioridades precisam ser reconduzidas ao local em que possamos ver esses recursos destinados aos reais interesses do turismo no Estado do Rio de Janeiro.

Que o tema saia do palanque, do debate político, e que possamos ter desenvolvimento através da indústria do turismo, porque é uma indústria rica. Afinal, potencial turístico, nós temos.

Muito obrigado".

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